Skip to content

Gazeta do DF

Menu
  • DF
  • Economia
  • Política
  • Opinião
  • Brasil
  • Entorno
  • Mais
    • Cultura e Lazer
    • Esportes
    • Mundo
    • Segurança
    • Outras
Menu

Caminhar como escudo contra o Alzheimer: estudo revela atraso de até sete anos no declínio cognitivo

Posted on 7 de novembro de 2025

Um estudo recente conduzido pelo Mass General Brigham, instituto ligado à Harvard Medical School, demonstra que caminhar moderadamente pode retardar o avanço da doença de Alzheimer em idosos. Publicado na revista científica Nature Medicine, o levantamento acompanhou 296 adultos entre 50 e 90 anos, inicialmente saudáveis cognitivamente, mas com níveis variados de proteínas beta-amiloide e tau, marcadores da doença. Os participantes usaram pedômetros para registrar a atividade física, e exames cerebrais anuais foram realizados por até 14 anos. Os resultados indicam que aqueles que davam menos de 3 mil passos por dia enfrentavam declínio cognitivo mais rápido e maior acúmulo de proteína tau, responsável por danos às células cerebrais. Em contraste, caminhar de 3 mil a 5 mil passos diários atrasava o progresso da doença em cerca de três anos, enquanto 5 mil a 7,5 mil passos ofereciam proteção de até sete anos.

A pesquisa destaca o papel das proteínas no Alzheimer, onde o beta-amiloide forma placas entre neurônios e a tau cria emaranhados dentro das células, levando à morte neuronal e perda de memória. A atividade física parece desacelerar o acúmulo de tau, mesmo em indivíduos com níveis semelhantes de amiloide, sugerindo que o exercício promove melhor circulação cerebral, controla inflamações e aumenta a resiliência cognitiva. A neurologista Wai-Ying Wendy Yau, autora principal, enfatiza que “cada passo conta”, e pequenos aumentos na rotina diária trazem benefícios reais para a saúde cerebral. O coautor Jasmeer Chhatwal reforça que fatores de estilo de vida influenciam os estágios iniciais da doença, permitindo que mudanças precoces retardem os sintomas.

Embora a caminhada não substitua tratamentos médicos, o estudo a posiciona como uma ferramenta acessível de prevenção, especialmente nos estágios iniciais, quando o Alzheimer se desenvolve anos antes dos sintomas visíveis. Os pesquisadores planejam investigar tipos e intensidades de exercícios para maximizar benefícios e elucidar mecanismos biológicos, reforçando a importância de hábitos saudáveis para adiar a demência.

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

©2025 Gazeta do DF | Design: Newspaperly WordPress Theme