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Lula invoca crença indígena para cobrar ação climática global na COP30

Posted on 7 de novembro de 2025

Na abertura da Cúpula de Líderes da COP30, em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu a uma crença dos povos ianomâmis sobre a queda do céu para simbolizar a urgência da preservação ambiental e alertar para o risco de colapso planetário. Ele criticou a falta de ação contra as mudanças climáticas, enfatizando a necessidade de levar a sério os alertas científicos, e defendeu a criação de “mapas do caminho” para superar a dependência de combustíveis fósseis, apesar das contradições em seu governo, como a recente autorização para exploração de petróleo na Margem Equatorial. Diante de líderes como o presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o príncipe William, Lula destacou que 2024 registrou temperaturas médias acima de 1,5ºC dos níveis pré-industriais, e citou projeções de até 2,5ºC até 2100, o que poderia resultar em mais de 250 mil mortes anuais e encolhimento de até 30% no PIB global.

Em almoço com líderes estrangeiros, Lula lançou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma iniciativa para financiar a preservação de florestas em países subdesenvolvidos, condicionada a metas de redução de desmatamento. O fundo, gerido pelo Banco Mundial, visa arrecadar US$ 25 bilhões de países soberanos, com US$ 10 bilhões ainda neste ano, além de US$ 100 bilhões de investidores privados. O Brasil contribui com US$ 1 bilhão inicial, a Noruega com US$ 3 bilhões e Portugal com um milhão de euros. Lula ressaltou que o TFFF representa o protagonismo do Sul Global na agenda florestal e será um resultado concreto da COP30.

O presidente criticou grupos políticos que espalham mentiras sobre o clima para ganhos eleitorais, sem citar nomes, mas em referência a líderes de extrema-direita como Donald Trump e Javier Milei, que não enviaram delegações ao evento. Ele apontou que recursos destinados a guerras e conflitos desviam fundos necessários para combater o aquecimento global, e afirmou que a COP30 será a “COP da verdade”, exigindo coragem para transformar a realidade diante de uma janela de oportunidade que se fecha rapidamente.

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